"I love you, I love you... I do... I only make jokes to distract myself, from the truth..." – Distractions – Zero7.
Até pouco tempo, quando alguém sofria por amor e vinha falar comigo, amaldiçoando este sentimento, dizendo que nunca mais queria sentir isso, que amar era a pior coisa que poderia existir, eu era sempre a pessoa que dizia que o amor era o melhor sentimento que poderíamos sentir, que ele nos fortalece e nos deixa mais felizes e bonitos. Não que eu nunca tivesse tido problemas no amor, muito pelo contrário, Minha primeira paixão aconteceu ainda no colégio; eu tinha quatorze anos e ele dezessete. Começamos nosso namoro e, menos de dois meses depois, ele se mudou para Brasília para fazer faculdade. Tentamos sustentar um relacionamento à distância, mas isso é muito utópico para mim. Depois de quatro meses tentando, terminamos. Meu segundo namoro começou quando eu tinha quinze e ele vinte e três. Ficamos três anos e meio juntos, até o dia em que ele me pediu um tempo. Ficamos uma semana sem nos falar para que ele encontrasse coragem para me dizer que estava apaixonado por outra e queria tentar. Depois de nove meses, engatei um novo namoro, o que eu acredito ter sido o mais importante em minha vida e que vai ser o mais difícil de superar. Com este fiquei quase três anos, entre brigas, risadas, tempos, rompimentos e reconciliações perfeitas... Foi neste último relacionamento que eu posso dizer que realmente cresci. Também foi neste último em que eu mais sofri e fiz sofrer.
Sempre mergulhei no amor, sempre fiz de tudo para que desse certo. Nunca tive medo de demonstrar e não ficava preocupada em sofrer no final. Achava que o sofrimento poderia deixar tudo mais bonito e verdadeiro. É fácil pensar assim quando nunca amou de verdade, ou quando nunca se magoou de verdade. O fato é que, depois de diversas decepções, comecei a passar para o time que pensa que amar é ruim. Continuo achando que o amor é o melhor dos sentimentos, porém quando somos correspondidos. Caso contrário, o amor pode ser o pior de todos os sentimentos, pode ser o que mais machuca, o que mais te destrói. Só tem uma coisa pior do que sofrer por amor; mascarar o amor. Sabe, abafar o que sente, não fazer carinho quando sua vontade era abraçar a pessoa que ama, acabar brigando por besteira quando, na realidade, gostaria de falar um sonoro “EU TE AMO”, dormir de costas para a pessoa amada quando, o que mais queria era dormir bem agarrado à ela.
Creio que este tenha sido o pior erro que já cometi em todos os meus relacionamentos; mascarar o que sentia, não deixar o amor sair de mim, fazer joguinhos baratos pensando que, se caso não desse certo, seria mais fácil superar a dor, pois não teria me entregado tanto. Descobri que a dor é ainda maior, pois pior do que nunca ter amado ou sido amado, é deixar o amor que sente morrer aos poucos dentro de você.
Julia Wigner
Até pouco tempo, quando alguém sofria por amor e vinha falar comigo, amaldiçoando este sentimento, dizendo que nunca mais queria sentir isso, que amar era a pior coisa que poderia existir, eu era sempre a pessoa que dizia que o amor era o melhor sentimento que poderíamos sentir, que ele nos fortalece e nos deixa mais felizes e bonitos. Não que eu nunca tivesse tido problemas no amor, muito pelo contrário, Minha primeira paixão aconteceu ainda no colégio; eu tinha quatorze anos e ele dezessete. Começamos nosso namoro e, menos de dois meses depois, ele se mudou para Brasília para fazer faculdade. Tentamos sustentar um relacionamento à distância, mas isso é muito utópico para mim. Depois de quatro meses tentando, terminamos. Meu segundo namoro começou quando eu tinha quinze e ele vinte e três. Ficamos três anos e meio juntos, até o dia em que ele me pediu um tempo. Ficamos uma semana sem nos falar para que ele encontrasse coragem para me dizer que estava apaixonado por outra e queria tentar. Depois de nove meses, engatei um novo namoro, o que eu acredito ter sido o mais importante em minha vida e que vai ser o mais difícil de superar. Com este fiquei quase três anos, entre brigas, risadas, tempos, rompimentos e reconciliações perfeitas... Foi neste último relacionamento que eu posso dizer que realmente cresci. Também foi neste último em que eu mais sofri e fiz sofrer.
Sempre mergulhei no amor, sempre fiz de tudo para que desse certo. Nunca tive medo de demonstrar e não ficava preocupada em sofrer no final. Achava que o sofrimento poderia deixar tudo mais bonito e verdadeiro. É fácil pensar assim quando nunca amou de verdade, ou quando nunca se magoou de verdade. O fato é que, depois de diversas decepções, comecei a passar para o time que pensa que amar é ruim. Continuo achando que o amor é o melhor dos sentimentos, porém quando somos correspondidos. Caso contrário, o amor pode ser o pior de todos os sentimentos, pode ser o que mais machuca, o que mais te destrói. Só tem uma coisa pior do que sofrer por amor; mascarar o amor. Sabe, abafar o que sente, não fazer carinho quando sua vontade era abraçar a pessoa que ama, acabar brigando por besteira quando, na realidade, gostaria de falar um sonoro “EU TE AMO”, dormir de costas para a pessoa amada quando, o que mais queria era dormir bem agarrado à ela.
Creio que este tenha sido o pior erro que já cometi em todos os meus relacionamentos; mascarar o que sentia, não deixar o amor sair de mim, fazer joguinhos baratos pensando que, se caso não desse certo, seria mais fácil superar a dor, pois não teria me entregado tanto. Descobri que a dor é ainda maior, pois pior do que nunca ter amado ou sido amado, é deixar o amor que sente morrer aos poucos dentro de você.
Julia Wigner