domingo, 21 de dezembro de 2008

Aonde quer que eu vá

"Olhos fechados, pra te encontrar
Não estou ao seu lado, mas posso sonhar
E aonde quer que eu vá, levo você no olhar
Aonde quer que eu vá, aonde quer que eu vá
Não sei bem certo, se é só ilusão
Se é você já perto, se é intuição
E aonde quer que eu vá, levo você no olhar
Aonde quer que eu vá, aonde quer que eu vá
Longe de daqui, longe de tudo, meus olhos vão te buscar
Volta pra mim, vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar
Não sei bem certo, se é só ilusão
Se é você já perto, se é intuição
E aonde quer que eu vá, levo você no olhar
Aonde quer que eu vá, aonde quer que eu vá..."

Os Paralamas do Sucesso

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Simples Assim

"I see skies of blue... clouds of white. Bright blessed days... dark sacred nights. And I think to myself... what a wonderful world." What a Wonderful World - Louis Armstrong

Ela parou e começou a pensar: "Será que todas as minhas escolhas foram as certas? E se eu tivesse tomado decisões diferentes? E se eu tivesse dito 'sim' em vez de dizer 'não', e dito 'não' em vez de 'sim'? E se...?"
Então, ela parou e pensou: "Não... eu tomei as melhores decisões. Todas elas me trouxeram até hoje; até quem eu sou e o que tenho. Não poderia ser mais perfeito..."
Julia Wigner

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O Espelho

"Close your eyes, and think of someone you physically admire. Let me kiss you. But then, you open your eyes, and you see someone that you physically despise." - Let me kiss you - Morrissey.
Ela sempre foi muito bonita. Tinha um rosto que roubava a atenção em qualquer lugar que fosse. O cabelo era aquele que todas queriam, fazendo com que muitas mulheres gastassem muito dinheiro para conseguirem ter um cabelo um pouco parecido com o dela. Todas as formas, os ângulos e as cores de seu rosto andavam em perfeita harmonia.
Ela até se achava bonita, quando o espelho a refletia apenas do pescoço para cima. Também, pudera. Nunca conseguiu ser magra mas, cá para nós, não era tão gorda assim. Era, como posso dizer, gordinha.
Mas isso não era o suficiente. Ela cresceu vendo os padrões de boa forma cada vez mais sem formas. Na sua família, era sempre a gordinha, a desajeitada.
Em sua casa, também não encontrava sossego. Sempre ouvia uma crítica. Quando perguntava à sua mãe se sua roupa estava bonita, sempre ouvia: "Está ótimo, mas ficaria muito melhor se você emagrecesse..." Com essa resposta, já não sabia se a roupa estava boa.
O pior era encontrar com o irmão, que sempre a olhava fundo nos olhos e falava: "Você é tão linda..." e, antes que ela conseguisse ficar feliz, ele concluía: "... pena que é tão gorda."
Ela, que sempre se esforçava para conseguir agradar a todos, não conseguia fazer nada quanto a isso. Todos a pressionavam tanto, que ela não conseguia emagrecer nem com dietas e exercícios.
Olhava-se no espelho e, muitas vezes, não queria nem sair de casa. Se via cinco vezes mais gorda do que era.
Uma noite, ao chegarem em casa depois de um árduo dia de trabalho, seus pais seguiram um rastro de sangue que começava na cozinha, passava pelo quarto dela e acabava no banheiro, frente ao espelho.
Olharam para o chão e viram sua linda, porém gordinha, filha maqueada, penteada e vestida elegantemente, com trajes de festa, caída em uma poça de sangue, com um sorriso no rosto, uma faca na mão, e a barriga retalhada.
Ninguém entendeu nada.


Julia Wigner.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O Ano Novo

"I'm not saying right is wrong, it's up to us to make the best of all the things that come our way." - The Marterplan - Oasis.
Ela acordou com a cabeça pesada, o corpo mole, pensando em tudo que teria que resolver. Sentou na cama, apoiou a cabeça entre as mãos, e tentou não se desesperar. Mais um ano de sua vida se passou. Lembrou-se de como desejava chegar aos trinta logo; pensava que sua vida seria completamente diferente, que saberia o que esperar da vida, que se conheceria perfeitamente, que teria uma carreira de sucesso, estabilidade financeira e emocional e, quem sabe, até uma família.
Ela percebeu, então, que não faltava muito para chegar aos trinta (afinal, o tempo passa cada vez mais rápido), mas não estava nem um pouco perto de conseguir o que ela acreditava que conseguiria. Quando pensou na estabilidade financeira e emocional, começou a rir. Se perguntou se isso realmente existia. Não soube se responder, mas acreditava que não.
Voltou um pouco na memória e se lembrou que sim, ela já conseguira muita coisa. Coisas importantes como, finalmente, saber o que deseja e espera da vida, ter amigos com os quais ela realmente se identificava, saborear um relacionamento verdadeiramente completo.
Nesse momento, ela agradeceu por tudo, e levantou da cama animada para seu 23° aniversário, acreditando que tudo iria dar certo, e pensou: "Que venham os próximos anos". Se arrumou e celebrou seu dia...


Julia Wigner.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tudo

"Paraiso, es una cura, perfeccion. Florecer mirandote a los ojos, perfeccion." - En remolinos - Soda Stereo.
Ilusões, desilusões, medo, tristeza, bar, cerveja, sinuca, conversa, risada, carona. Feriado, solidão, convite, viagem, teatro, bar, carro, música, estrada, sozinhos... juntos.
Bar, música, amigos, estranhos, novos amigos, conversas, risadas, cervejas, dança, poses, fotos, tequila, mais risadas, biquinhos, caretas, outra tequila, olhares, aproximação... beijo.
Beijos, segredo, trabalho, marmita, amigos, ex, mensagens, fim de semana, despedidas, carona, feriado, família, baladas, amigos, cerveja, risada, conversa, festa, pedido... sim.
Abraços, beijos, amizade, confiança, todo dia, saudade, noite, vontade, calor. Corpo, abraço, beijo, aperto, boca, cabelo, pescoço, pele, suor, unhas, dentes, respiração, olhos, toque, sensações, arrepio, pernas, umbigo, seios, barriga, língua, intimidade... perfeição.


Julia Wigner.

terça-feira, 29 de julho de 2008

O Estranho

"Fist to fist and eye to eye, standin' toe to toe. He would've let me walk away, but I just would not let it go" - The night I called the old man out - Garth Brooks.


Ela era criança. Tinha que dormir cedo para ir para a escola de manhã. Quando mamãe falava para ela ir para cama, sentia medo, cala-frio, mas mesmo assim ia. Sempre fora obediente.
Não queria ir para cama, pois era sempre o mesmo pesadelo. Antes que ela conseguisse dormir, um homem chegava em sua casa. No começo, ouvia a voz de sua mãe e a do homem conversando baixinho. Depois, o volume aumentava. Ficavam aos gritos.
Ela se encolhia e cobria o rosto, tentando abafar o som. Com o tempo, foi se acostumando com esse estranho que entrava em sua casa todos os dias.
Quando ficou um pouco mais velha, com dez anos, viu o estranho bater em sua mãe. O que mais a chocou não foi a violência, mas ter reconhecido o estranho. Naquele momento, rezou para que seu pai tivesse um irmão gêmeo que nunca mencionara.
Na adolescência, aprendeu que tinha dois pais; o que conhecia e admirava desde criança, e o que voltava para casa no começo da noite; o que saía para trabalhar, e o que voltava do bar.
Nessa época, não teve mais medo, e resolveu enfrentar o que voltava para casa de noite. Um dia, o estranho foi para o quarto de sua mãe e com ela começou a gritar. A menina nem sequer pensou e, quando se deu conta, já estava quase em cima dele, aos gritos. Ela, que nunca brigara com seu pai, não ficou com medo nem vergonha de gritar com o homem à sua frente. Aquele não era seu pai para ter que respeitá-lo. Teve certeza disso enquanto olhava em seus olhos. Seu pai a olhava com ternura, mas aquele estranho a olhava com raiva.
Depois de algum tempo, o pesadelo finalmente chegou ao fim. O estranho nunca mais voltou para casa mas, para sua tristeza, seu pai também não.
Julia Wigner.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Há Dois Meses...

"What a feeling in my soul. Love burns brighter than sunshine. Let the rain fall, I don't care. I'm yours and suddenly you're mine. And it's brighter than sunshine" - Brighter than Sunshine - Aqualung.
Dois meses, foi o tempo que ela demorou para perceber que sim, a felicidade pode vir de onde menos se espera, quando não a espera. Esses dois meses para ela foram os mais completos que ela teve, os mais verdadeiros e os mais intensos. Nesses dois meses, ela aprendeu que intensidade não depende variações e picos de emoções. Pode ser apenas o modo como se olham, como se entendem só com o olhar, como as palavras soam, como os beijos a conquistam, como o toque a arrepia, como as risadas alegram seu dia, como o silêncio não é nada constrangedor.
Ela, que passara por coisas que poucas pessoas de sua idade se disporiam a passar, não pensou que ainda teria muito a aprender sobre relacionamentos, ainda mais com alguém mais novo e menos experiente do que ela. Com isso, nesses dois meses, ela aprendeu que idade e experiência não são fatores determinantes para o aprendizado. Nesses dois meses, ela já aprendeu muito mais do que pensou haver aprendido, ela sentiu mais do que imaginou poder sentir, e desejou mais do que pensava sua fome fazê-la desejar.
Nesses dois meses, ela finalmente se viu no espelho novamente. Depois de muito tempo distante dela mesma, pôde, enfim, olhar para o espelho, se desejar um ótimo dia, gostar do que via e se mandar um beijo. Depois de muito tempo calada, ela conseguiu soltar uma bela gargalhada, que sempre fora sua marca, por coisas pequenas, que muitas vezes eram sem graça para os outros. Depois de muito tempo se anulando, com medo de opiniões alheias, ela expôs seu ponto de vista sem se preocupar com que pensariam, sendo, dessa forma, a pessoa leve da qual seus amigos sentiam falta.
Há dois meses, essa menina que chorava com uma freqüência inacreditável por dor, medos e preocupações, só tem chorado ao ver filmes que a tocam. Ela não tem mais motivos para chorar, pelo contrário, voltou a ser uma pessoa de riso fácil e honesto.
Isso tudo, desde que lhe foi dado o melhor presente, há dois meses....
Julia Wigner.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A Resposta

"Somewhere over the rainbow, skies are blue. And the dreams that you dare to dream really do come true." - Over The Rainbow - The Wizard of Oz.


Eles estavam lado a lado. Sem que ele percebesse, ela o observava. Cada movimento, cada expressão. Aos poucos, ela foi entendendo o que sentia por ele. Finalmente havia encontrado a resposta para uma pergunta simples, porém difícil de ser respondida: o que ele tinha que a deixava assim, fora de si?
A cada segundo que o observava, a resposta foi ficando mais clara e os motivos, mais evidentes. As formas de seu rosto, o movimento de cada músculo de seu corpo, a expressão compenetrada, as reações inesperadas... cada piscar de seus olhos, os dedos encostando nas teclas ao digitar, o modo como se sentava. Ela poderia passar horas listando o que ele tem que a fazia se sentir assim, inesperadamente feliz.
Ele percebeu que ela o observava, e se virou. Olhou para ela com um sorriso honesto e gostoso, daqueles que faz os problemas desaparecerem.
Foi nesse exato momento que obteve a resposta definitiva. Finalmente uma resposta simples para essa simples pergunta. Ela sussurrou para ela mesma -"Me sinto assim, pois ele é exatamente quem é, pelo conjunto de sua essência, por ele ser simplesmente ele."
Ela devolveu o sorriso, respirou aliviada por tê-lo notado a tempo de ser feliz, e os dois voltaram a trabalhar.
Julia Wigner.

terça-feira, 15 de abril de 2008

A Cena Perfeita

"You look so fine, I want to take your heart, and give you mine..." - You Look So Fine - Garbage.
Não tenho vergonha de admitir meu lado piegas, brega, cafona. Sou uma pessoa romântica, acredito no amor, e o amor é piegas, brega, cafona.

Para confirmar isso, é só prestar atenção aos filmes românticos que assistimos. Os que mais gostamos são aqueles recheados de cenas cafonas e previsíveis, mas que fazem com que nossos olhos se encham de lágrimas.

Eu tenho uma cena, muito comum nos filmes, que se acontecesse comigo eu me derreteria. Primeiro, devo dizer que é geralmente a cena que precede os créditos do filme, e que o casal envolvido se ama desde o começo, porém os dois só ficam juntos a partir desta cena, pois não sabiam que se amavam, ou não queriam admitir o amor que sentiam, ou por qualquer outro motivo.

Enfim, depois que os dois têm uma discussão e a mocinha acaba revelando o amor que sente, ela vai embora correndo aos prantos.

Visualização da cena: ela está em casa, mais especificamente na cozinha, com o olhar distante. Vestindo uma blusa de lã de cor clara, bem larga e comprida e um par de meias soquetes brancas, ela devora um pote de sorvete. Enquanto pensa em tudo o que houve, em seu amor e em seu amado, ela passeia com a colher pelos lábios.

A cena: inesperadamente a campainha toca. Ela se levanta e vai até a porta, meio cabisbaixa, sem vontade de ver ninguém. Abre a porta, reconhece o sapato. Seus olhos vão se levantado, reconhecendo cada parte do corpo a sua frente, até que se encontrem com os olhos de seu amado, que está ali em sua porta, com uma expressão perdida, como se seu mundo não significasse nada sem ela. Eles se olham por três segundos, respiração ofegante, coração saltando. Os três segundos mais intensos que antecedem o beijo mais saboroso que os dois já provaram, acompanhado do abraço mais aconchegante pelo qual já foram envolvidos.

Julia Wigner

terça-feira, 1 de abril de 2008

MANTRA

“And when the rain comes down, would you choose to walk or stay, would you choose to walk, would you choose to stay?”Walk Away – Sisters of Mercy.

Ninguém é igual; não podemos fazer as coisas esperando algo em troca; o que ó óbvio para alguns, não é para outros. Tenho tido tudo isso em mente e repetido para mim mesma todo dia ultimamente. Adotei este mantra quando percebi que um dos maiores motivos para o término do meu relacionamento foi eu acabar esperando que o outro fizesse por mim o mesmo que eu fazia por ele. Eu achava que não esperava nada, mas percebo que sempre fazemos as coisas esperando algo em troca. Se não fosse assim, nunca falaríamos (mesmo que só em nossas cabeças) algo do tipo 'depois de tudo o que eu fiz’, ‘você poderia mostrar um pouco de consideração por tudo o que passei por você’, ou qualquer coisa semelhante.

O pior foi perceber como podemos nos tornar mais exigentes a cada dia, esquecendo o que nos chamou a atenção na outra pessoa. Acabamos querendo que os outros se moldem a nós e, sem querer, vamos fazendo pequenas coisas que fazem com que o que conhecemos no começo não exista mais depois de um tempo. Noto que esse é um “dom” mais marcante nas mulheres.

Enfim, preciso repetir esse mantra até colocar de vez em minha cabeça que ninguém vai suprir todas as minhas expectativas, e parar de fazer listinhas "pós-namoro" para que o próximo seja sempre melhor, até alcançar a perfeição. A perfeição não existe, a perfeição é monótona, principalmente para quem acha que sem emoção, nada vale a pena.

Julia Wigner.

terça-feira, 18 de março de 2008

Joguinhos

"I love you, I love you... I do... I only make jokes to distract myself, from the truth..." – Distractions – Zero7.

Até pouco tempo, quando alguém sofria por amor e vinha falar comigo, amaldiçoando este sentimento, dizendo que nunca mais queria sentir isso, que amar era a pior coisa que poderia existir, eu era sempre a pessoa que dizia que o amor era o melhor sentimento que poderíamos sentir, que ele nos fortalece e nos deixa mais felizes e bonitos. Não que eu nunca tivesse tido problemas no amor, muito pelo contrário, Minha primeira paixão aconteceu ainda no colégio; eu tinha quatorze anos e ele dezessete. Começamos nosso namoro e, menos de dois meses depois, ele se mudou para Brasília para fazer faculdade. Tentamos sustentar um relacionamento à distância, mas isso é muito utópico para mim. Depois de quatro meses tentando, terminamos. Meu segundo namoro começou quando eu tinha quinze e ele vinte e três. Ficamos três anos e meio juntos, até o dia em que ele me pediu um tempo. Ficamos uma semana sem nos falar para que ele encontrasse coragem para me dizer que estava apaixonado por outra e queria tentar. Depois de nove meses, engatei um novo namoro, o que eu acredito ter sido o mais importante em minha vida e que vai ser o mais difícil de superar. Com este fiquei quase três anos, entre brigas, risadas, tempos, rompimentos e reconciliações perfeitas... Foi neste último relacionamento que eu posso dizer que realmente cresci. Também foi neste último em que eu mais sofri e fiz sofrer.
Sempre mergulhei no amor, sempre fiz de tudo para que desse certo. Nunca tive medo de demonstrar e não ficava preocupada em sofrer no final. Achava que o sofrimento poderia deixar tudo mais bonito e verdadeiro. É fácil pensar assim quando nunca amou de verdade, ou quando nunca se magoou de verdade. O fato é que, depois de diversas decepções, comecei a passar para o time que pensa que amar é ruim. Continuo achando que o amor é o melhor dos sentimentos, porém quando somos correspondidos. Caso contrário, o amor pode ser o pior de todos os sentimentos, pode ser o que mais machuca, o que mais te destrói. Só tem uma coisa pior do que sofrer por amor; mascarar o amor. Sabe, abafar o que sente, não fazer carinho quando sua vontade era abraçar a pessoa que ama, acabar brigando por besteira quando, na realidade, gostaria de falar um sonoro “EU TE AMO”, dormir de costas para a pessoa amada quando, o que mais queria era dormir bem agarrado à ela.
Creio que este tenha sido o pior erro que já cometi em todos os meus relacionamentos; mascarar o que sentia, não deixar o amor sair de mim, fazer joguinhos baratos pensando que, se caso não desse certo, seria mais fácil superar a dor, pois não teria me entregado tanto. Descobri que a dor é ainda maior, pois pior do que nunca ter amado ou sido amado, é deixar o amor que sente morrer aos poucos dentro de você.

Julia Wigner

quinta-feira, 13 de março de 2008

Apresentando

Acho que a melhor forma de apresentar este blog é falando o porquê dele surgir. Bom, surgir não é o termo adequado, pois não foi de repente que me vieram a idéia e a vontade de escrever. Meu nome é Julia Wigner, tenho 22 anos e considero que já passei por muita coisa na vida. Errei muito e, pior, repeti os mesmo erros diversas vezes, mesmo tendo jurado para mim mesma ‘nunca mais farei isso’. O impressionante era a facilidade com a qual eu me esquecia de minhas próprias promessas. Mais impressionante ainda era a capacidade que eu tinha de esquecer o que aprendia em cada situação. Até os meus 16, 17 anos, eu era o tipo de pessoa que arriscava pouco, observava muito e preferia aprender com os erros dos outros. Assim ficava fácil, era como aprender sem ter que fazer a lição de casa. Porém a vida foi me mostrando que é impossível você nadar bem sem molhar a cabeça. A partir daí, comecei a mergulhar aos poucos, até que decidi que aos poucos a água demora a esquentar, então mergulhei de cabeça, assim, de uma vez. Depois de, em tão pouco tempo, ter ouvido, falado, feito e, principalmente, vivido muito, decidi registrar o que venho aprendendo, o efeito das ações (tanto as minhas quanto as que observo dos outros) e como lidar com as situações que a vida pode acabar nos apresentando. Talvez deste modo eu aprenda a não cometer os mesmos erros. Dizem que a melhor forma de estudar uma matéria é escrevendo-a repetitivamente. Vamos ver. Falando em aprender, no período da minha vida em questão, aprendi muito sobre música, aumentei meu gosto musical, ou melhor, o construí... Isso vai me ajudar na memorização da minha lição, pois cada texto terá uma música que o inspira, tanto pela letra, quanto pela melodia ou ainda pela ocasião. Como esta apresentação já é um texto...

“I’m gonna get out of my shell, try without anybody´s help, to loose this heavy load, get my life back on the road... – My life - Anouk

Que sejam todos bem-vindos!
Julia Wigner